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Entenda como funciona o Sistema de Freio de Estacionamento Eletromagnético

 

Os sistemas de freio são essenciais em cadeiras de rodas motorizadas ou scooters elétricos, pois garantem a segurança do usuário no exercício do direito de ir e vir. A cadeira de rodas é um equipamento que faz parte da vida do indivíduo quase que 24 horas no dia, garantindo mobilidade e autonomia de viver para pessoas que precisam de auxílio para conseguir melhor acessibilidade.

Quem usa cadeiras de rodas frequentemente, já deve ter percebido que, ao parar em rampas, a cadeira fica estática, não fazendo nenhum movimento para frente, nem para trás. Isso se dá, através do sistema de freio de estacionamento eletromagnético, acionado automaticamente sempre que o usuário do veículo solta o joystick e para a cadeira de rodas motorizada.

Portanto, ao trafegar em lugares com a presença de morros, por exemplo, o sistema de freio eletromagnético proporcionará que a cadeira pare em subidas e descidas, garantindo que ela não corra.

A cadeira de rodas motorizada possui dois sistemas de frenagem: (a) um sistema que atua quando o veículo está em movimento, e outro (b), depois que o veículo já está parado. A frenagem (a) é feita pelo freio regenerativo do motor da cadeira de rodas, hoje conhecido como Kers (Kinetic Energy Recovery System), sempre que o usuário desacelerar e diminuir a velocidade, fazendo com que o equipamento pare. Porém, é necessário um sistema secundário (b) de frenagem de estacionamento, para que a cadeira se mantenha parada após ter encerrado o movimento.

É deste sistema secundário que vamos falar nesse texto. Siga a leitura e entenda como funciona o sistema de freio de estacionamento eletromagnético.

Vamos enteder como funciona este sistema?

O freio de estacionamento é um elemento eletromecânico, montado em cada motorização da cadeira
de rodas e acoplado ao eixo do motor, diretamente onde acontece o bloqueio do movimento. Neste ponto, é exigido menor esforço para que esta ação seja realizada.

Quando a cadeira de rodas está em movimento, ela gasta energia mantendo a bobina energizada, para que o sistema de freio de estacionamento seja anulado por efeito magnético do eletroíma, formado pela bobina e seu bloco de aço. Em contrapartida, quando a cadeira para, o sistema não exige nenhum gasto de energia, pois essa energia é cortada para manter a cadeira freada.

Antes da cadeira se movimentar, o controlador da cadeira energiza o eletroíma do freio de estacionamento, que puxa um disco flutuante, desbloqueando o movimento do eixo do motor. Quando a cadeira para, freada pelo próprio motor, o controlador corta energia do freio e uma mola de compressão empurra o disco flutuante fazendo com que o eixo do motor seja travado.

Seu acionamento é automático, gerenciado pelo controlador eletrônico da cadeira, sempre que manuseado pelo joystick, caso das cadeiras motorizadas, e pelo gatilho, caso dos scooters elétricos.

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A bobina do freio eletromagnético forma junto com o bloco de aço o eletroíma que quando energizado, gera um campo magnético que atrai o disco flutuante com mais força que a mola de compressão, puxando-o com maior intensidade e abrindo um pequeno espaço para que todos os componentes girem livremente. Sempre que a energia da bobina for cortada, o campo magnético cessa, deixando de atrair o disco flutuante. Dessa forma, a mola de compressão consegue empurrá-lo contra a pastilha e o disco fixo, fazendo com que o conjunto fique freado, impedindo o giro do eixo do motor.

A pastilha fica entre o disco fixo e o disco flutuante, gerando atrito dobrado em seus dois lados, para manter o conjunto freado. A mola de compressão empurra o disco flutuante contra a pastilha, que pressionada contra o disco fixo, faz a frenagem. O conjunto gera atrito porque todos os componentes se mantém pressionados. O eixo do motor está acoplado ao eixo da pastilha, que quando gira, aciona também, o giro da pastilha.

O disco fixo tem duas funções, fixar o freio na motorização e gerar atrito com a pastilha sempre que a cadeira de rodas está freada. O disco flutuante aperta ou solta a pastilha do freio para que aconteça o acionamento ou não, da frenagem. Os dois são retificados para garantir planicidade e adquirir melhor funcionamento.

Faltou energia, e agora?

Não tem problema! Caso falte energia para cadeira ou o fusível seja rompido, o freio entra em ação mecânica, automaticamente pela mola de compressão que empurra o disco flutuante e para a cadeira de rodas.

Mesmo sem energia nas baterias, é possível destravar o freio para que a cadeira seja empurrada manualmente, através de uma alavanca que possui duas posições de uso. Em uma delas, garante que o freio de estaciomento eletromagnético funcione automaticamente. Quando fora desta posição, a alavanca inibe totalmente o funcionamento deste sistema, e aciona o uso para empurrar a cadeira manualmente. É necessário que se esteja atento com a posição da alavanca para não usar a cadeira de forma incorreta e acabar ficando sem freio de estacionamento

Sendo assim, o sistema é projetado para garantir a segurança e a praticidade do usuário ao trafegar por diversos lugares. É importante que se esteja ciente e entenda o funcionamento do freio de estacionamento, até para se certificar do bom desempenho dos freios e procurar ajuda à assistência técnica do produto, caso aconteça algum problema.

Cuidados

Os cuidados com a limpeza e manutenção são essenciais para evitar problemas de funcionamento
do sistema. O acúmulo de sujeira no compartimento impossibilita a livre ação dos materiais, impedindo que o freio seja liberado.

Vale ressaltar, que o freio de estacionamento eletromagnético funciona tanto em cadeiras de rodas motorizadas, como em scooters elétricos.

Gostou de entender como funciona os freios das cadeiras de rodas? Agora é só seguir nossas redes sociais para se manter informado e tirar qualquer dúvida sobre outros compartimentos dos nossos equipamentos.

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